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Alimentação Ocidental x Alimentação Chinesa: Dois Olhares que se Complementam

  • Foto do escritor: Gabriela Cravo S. Martins
    Gabriela Cravo S. Martins
  • 18 de set.
  • 2 min de leitura


Quando pensamos em alimentação saudável, é comum que a visão ocidental venha primeiro à mente: contar calorias, equilibrar carboidratos, proteínas e gorduras, escolher alimentos ricos em vitaminas e minerais. No entanto, durante uma viagem à China, fica claro que a lógica deles é bem diferente. Ali, a escolha dos alimentos não se baseia apenas em calorias ou nutrientes, mas também em sua natureza, sabor, cor e função energética.


Esse contraste entre as duas medicinas – a Nutrição Ocidental e a Dietoterapia da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) – é fascinante e pode enriquecer muito a forma como cuidamos da nossa saúde.



1- O olhar ocidental: nutrientes e calorias


Na visão ocidental, o corpo funciona como uma máquina biológica. O alimento é visto como combustível, e sua qualidade depende da composição bioquímica.


Macronutrientes: carboidratos, proteínas e gorduras precisam estar em equilíbrio.


Micronutrientes: vitaminas e minerais são fundamentais para manter o bom funcionamento do organismo.


Calorias: quantidade energética que o corpo gasta ou acumula, importante para manter peso e metabolismo saudável.


Alimentação Ocidental: conta as calorias e nutrientes
Alimentação Ocidental: conta as calorias e nutrientes

Essa forma de enxergar a alimentação trouxe grandes avanços, permitindo compreender como os nutrientes atuam em doenças como diabetes, obesidade e hipertensão.



2- O olhar chinês: energia, sabores e equilíbrio


Na Medicina Chinesa, a alimentação vai além da bioquímica. Cada alimento é um remédio natural, capaz de fortalecer ou enfraquecer nosso corpo, dependendo da forma como é utilizado.


Natureza do alimento: frio, fresco, neutro, morno ou quente, influenciando o equilíbrio do Yin e Yang.


Sabores: doce, salgado, picante, amargo e ácido, cada um associado a uma função terapêutica e a um órgão interno.


Cores e os Cinco Elementos: cada cor nutre uma função vital – verde (fígado), vermelho (coração), amarelo (baço), branco (pulmão), preto (rins).


Por exemplo: o arroz branco, visto no Ocidente como um alimento de alto índice glicêmico, é valorizado na China por ser neutro e doce, fortalecendo o Baço e o Estômago, órgãos centrais para a produção de energia vital (Qi) e sangue.


Dietética chinesa: cor, natureza e sabor.
Dietética chinesa: cor, natureza e sabor.

3- Exemplos práticos de diferenças


Ocidente: recomenda variedade de cores no prato porque cada uma traz diferentes vitaminas, minerais e antioxidantes.


China: valoriza as cores porque cada uma harmoniza um órgão e fortalece uma energia vital específica.


Ocidente: considera o sabor apenas como questão de gosto.


China: entende que cada sabor tem efeito no corpo – o doce tonifica e harmoniza, o ácido conserva líquidos, o amargo seca calor, o picante movimenta energia, o salgado fortalece rins e ossos.




4- Duas visões que se complementam


Na prática clínica, tanto a Nutrição Ocidental quanto a Dietoterapia Chinesa oferecem benefícios. Enquanto uma traz dados precisos sobre nutrientes, outra oferece uma leitura energética e holística do alimento. Juntas, ajudam a montar uma alimentação mais completa: nutritiva, equilibrada e capaz de prevenir desequilíbrios antes que eles se transformem em doença.


5- Reflexão final


A forma como nos alimentamos vai além do prato: é uma expressão da cultura, da forma de enxergar a saúde e até da relação que temos com nosso corpo. Integrar os dois olhares – o científico e o energético – pode ser um caminho poderoso para mulheres que buscam não apenas saúde, mas também bem-estar, vitalidade e fertilidade.



Gabriela Cravo

Acupuntura, saúde da mulher e fertilidade

(31)999365096

 
 
 

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Gabriela Cravo Medicina Tradicional Chinesa

Av .Raja Gabaglia, 1492 / 408 - Gutierrez - Belo Horizonte - MG

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